Linha do Tempo

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A construção da linha do tempo

A equipe do Centro de Documentação Histórica, em processo de pesquisas internas, elabora continuamente a linha do tempo da história postal e telegráfica, a partir de estudos historiográficos acerca do tema. O objetivo é contextualizar o acervo documental e bibliográfico a partir dos principais marcos e acontecimentos ao longo das épocas.

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Os Correios na América Portuguesa

No século XVII, os Correios eram controlados pelos detentores do ofício de Correio-mor, a Família Gomes da Mata. Em 1663, foram nomeados assistentes de Correio-mor para várias capitanias da América portuguesa. A iniciativa subsistiu por pouco tempo, pois havia resistência local contra correios formalizados. Em 1796, transformações importantes aconteceram, devido a uma reforma postal que extinguiu o ofício de Correio-mor. A partir de então, os serviços postais foram controlados diretamente pela Coroa lusitana. Na América portuguesa, foram inauguradas Administrações postais, e essas estruturas vão existir de forma perene, sobrevivendo após a Independência do Brasil.

Clique aqui para baixar o e-book sobre os Correios na América portuguesa (1798-1822).

Os Correios no Império do Brasil

Após a independência em 1822, a estrutura política do novo Estado precisou ser construída. O sistema postal passou por diversos processos de transformações na estrutura administrativa. É neste momento, também, que as cartas deixam de ser o meio exclusivo de comunicação à distância, e abre-se espaço para uma nova tecnologia: o telégrafo. O período é marcado por outras mudanças, como a reforma de correios de 1829, a adoção do selo postal em 1843 e a complexificação da estrutura postal com a multiplicação de agências em todo o século XIX.

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Os Correios na Primeira República (1889-1930)

Com o advento da República em fins do século XIX, o sistema postal também passa por transformações. Nos primeiros anos, correios e telégrafos foram subordinados ao Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Em 1894, uma nova mudança administrativa vincula os serviços ao Ministério da Indústria, Viações e Obras públicas. A preocupação com a expansão da infraestrutura comunicacional é um mote dos primeiros governos republicanos e diversas ações são tomadas nesse sentido, a exemplo das expedições de Cândido Rondon de instalação de linhas telegráficas em diversos pontos dos sertões brasileiros.

Os Correios na Era Vargas e no pós-guerra (1930-1964)

Com o fim da Primeira República e a ascensão de Vargas ao poder, a construção de uma burocracia estatal centralizada passa a ser cada vez mais valorizada. Nesse sentido, o setor de comunicações passa pelo processo de centralização quando é criado o Departamento de Correios e Telégrafos (DCT), em 1931, unindo em um único órgão dois serviços que até então funcionavam em estruturas diferentes. O DCT funcionou até os primeiros anos da ditadura militar, sendo extinto em 1969.

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Correios-empresa: De 1969 aos dias atuais

No período da ditadura militar, houve mudanças significativas no setor público, atreladas ao entendimento de como o Estado deveria funcionar. De maneira geral, a organização burocrática de muitas instituições desse período foi inspirada em moldes dos Estados Unidos, um dos polos de apoio internacional do governo. No caso dos Correios, essa questão fica clara com a transformação do Departamento de Correios e Telégrafos em Empresa Pública, consolidando então uma estrutura voltada para atender os interesses de mercado e visando a lucratividade.